Acumulado no aumento dos aluguéis chega a quase 20% em um único ano

G1 - 

Quem está procurando imóvel para alugar já percebeu que não está fácil. Tem pouca oferta e os preços estão muito altos.

Quem procura acha valores altos e poucas opções. A negociação é tão importante quanto a definição do local do imóvel para morar ou abrir um negócio. Depois de assinado o contrato, não adianta mais gastar saliva. É preciso esperar anos até a próxima renovação.

Segundo pesquisas do setor, os preços estão em escalada e aumentaram mais de 2% de um mês para o outro. O problema é o acumulado, que chega a quase 20% de aumento em um ano. A maior alta dos últimos seis anos.

Aumentando o aluguel, aumenta também a quantidade de inquilinos que não conseguem pagar. No Tribunal de São Paulo, o número de ações cresceu mais de 5% em outubro, em relação a setembro.

Isso não é bom para ninguém e dá para evitar respeitando os dois lados.

Acabou o contrato, o dono pode aumentar o preço em quanto quiser. Pode também pedir o imóvel de volta sem precisar justificar.

O inquilino tem direito a exigir recibo detalhado de tudo o que pagar e, em algumas despesas, pode ser ressarcido. Se o imóvel for colocado à venda, a prioridade é dele.

“O mais vantajoso para ambos é que haja uma composição extra-judicial”, afirma Murilo Sechieri Costa Neves, advogado Direito Imobiliário.

Em 22 anos de aluguel, a dona de casa Maura Batista dos Santos não atrasou o aluguel nem um dia. O segredo dela é a sinceridade. “Quando pedir aumento, dizer que não pode”.