quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Arrume a casa para o seu pet

Diario de Pernambuco - 

Alguns ajustes na casa podem evitar o desgaste da estrutura e dos móveis e proteger a saúde dos bichos

Você sabia que o Brasil tem pelo menos um animal de estimação para cada dois habitantes? Isso significa um total de cerca de 98 milhões de bichinhos espalhados por lares de todo o país. Com essa população, é quase certo que a maioria das casas brasileiras tenha um hóspede de quatro patas, o que exige cuidados especiais na construção e decoração destes imóveis tanto para evitar o desgaste da estrutura e dos móveis, quanto para proteger a saúde e o bem estar do seu pet.

"No começo, é sempre lindo ter aquele bichinho fofinho, mas depois que ele destruir sua cortina, fizer xixi no sofá, roer o pé da sua casa e desfiar o carpete, o que sobra é o gasto com a reposição dos móveis e o desgaste no relacionamento", afirmou o arquiteto amazonense Allan Feio. Segundo ele, para evitar essa situação é preciso investir na educação do pet e reorganizar espaços. "O primeiro passo é retirar os tapetes ou carpetes porque gatos afiam as unhas em qualquer lugar e os cachorros gostam de demarcar território", afirmou. Caso eles sejam indispensáveis, Feio aconselha materiais sintéticos e arranhadores próximos para os felinos.

Fernanda Antunes, do escritório FM Arquitetura, acredita que outra preocupação dos donos deve recair nos pisos. "O mais indicados são os revestimentos cerâmicos e porcelanatos com poucos rejuntes, já que acumulam menos sujeira, são mais fáceis de limpar e mais resistentes aos produtos de limpeza que são abrasivos". Fernanda lembra ainda que os pisos de PVC com aspecto amadeirado, os vinílicos e os laminados de madeira também podem ser utilizados.

Já para as cortinas, outro ponto crítico em casas com animais de estimação, Fernanda indica materiais que possam ser limpos no próprio local, como telas solares ou blackout de PVC. Esses materiais também juntam bem menos poeira e pêlos de animais, e não desfiam em caso de arranhões. "Se optar por cortinas de tecidos tradicionais, elas não devem ir até o piso (no caso de quartos). Pode-se fazer um painel para a 'chegada' da cortina na parte de baixo para que ela fique toda encaixada, deixando um aspecto mais bonito", ressaltou.

Outra dica da arquiteta é escolher móveis de acordo com o tipo e tamanho do animal. No caso de gatos, por exemplo, ela indica móveis mais altos e com poucos objetos decorativos, para dificultar a subida dos bichanos. Para ela, os pés de cadeiras e sofás devem ser de preferência de materiais difíceis de roer, como aço inox e alumínio. "É importante também que o dono tenha sempre mordedores para seus cachorros e outros brinquedos que distraiam o animal%u201D. Já quem tem cachorros de grande porte deve prestar atenção na circulação desse animal e nas abanadas do 'rabo' dele, que pode provocar acidentes".

Residência especial

Terminada as alterações no seu imóvel, é hora de cuidar da casinha do seu pet. Para tal tarefa, a designer de interiores Iara Kílaris, dá algumas dicas. A primeira diz respeito ao material ideal da 'residência', que deve ser impermeável para impedir o acumulo de odores. "Hoje, existem opções de acrílico e fibra de vidro. Neste caso, para diminuir o desconforto do bicho, compre almofadas laváveis", ressaltou. Para quem já tem uma casinha de madeira, a designer aconselha usar verniz naval para impermeabilizar o material.

Outra dica de Iara Kilaris é delimitar o espaço do pet com pinturas ou adesivos nas paredes. "Quem não tem dotes artísticos pode comprar adesivos pela internet. Eles custam cerca de R$ 30 e podem imitar a patinha dos animais ou mesmo o formato de um osso. Colocados em cima ou ao lado da casinha deles dão um efeito divertido ao ambiente e permitem que seu pet saiba que aquele é o espaço dele".


Saiba mais

Pisos
Devem ser de porcelanato ou qualquer outro material lavável e resistente a arranhões

O ideal é que as peças sejam grandes, com poucos rejuntes

Quem não abre mão da madeira natural deve evitar o acabamento com verniz, que pode ficar marcado. Uma boa opção são pisos laminados que imitem a textura da madeira

Já o carpete e tapetes, embora sejam ótimos para os animais, pois são mais quentes e não escorregam, têm dois inconvenientes: são difíceis de limpar e podem se tornar um abrigo de pulgas e carrapatos

Paredes
Nas paredes, vale passar massa e tintas acrílicas.

Outros tipos de tintura, como a PVA, usam água em sua composição e podem reter odores desagradáveis.

Quanto às cores, siga o mesmo caminho do uso para sua família. Opte por tons mais claros de verde e azul, que acalmam o animal e fuja das vibrantes, como vermelho e laranja, que podem deixá-los agitados

Sofás e cortinas
Quem tem um animal em casa sabe que os sofás são um parque de diversões para gatos e cachorros. Para evitar rasgões, arranhões e odores desagradáveis, o ideal é investir em tecidos de tramas fechadas, ou couro texturizado

Também podem ser usados brim, sarja, vinil, camurça, chenile e lona

O uso de capas também pode salvar seu móvel

Já nas cortinas, vale optar por tecidos impermeáveis ou até persianas

Móveis
Em ambientes onde os animais vão passar muito tempo, evite móveis de madeira, ou faça um tratamento naval neles (com verniz naval).

Uma boa opção são mesas de mármore

Para evitar arranhões nos pés dos móveis, cole pedaços de fita dupla face onde o gato costuma arranhar, a fita puxa os pelos da pata, o que o incomoda e o faz desistir de arranhar aquele lugar

Cuidado ao distribuir vasos, porta-retratos e outros itens de decoração nas mesas de centro, estantes e aparadores: gatos podem subir nesses lugares e acabar derrubando os objetos. O ideal é colocá-los presos com algum tipo de peso

Fonte: Iara Kílaris, Fernanda Antunes e Allan Feio.
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